sábado, 28 de julho de 2012
POESIA - Biu Crisanto
BIU
CRISANTO
SEVERINO
CORDEIRO DE SOUZA
Nasceu
em São José Do Egito
No
Sertão Antigo
Um
moleque no corte assobiando,
Um
cavalo pastando na ladeira,
Uma
briga de bois na bagaceira,
E
um boeiro malfeito “cahimbando”.
Um
novilho pé-duro ruminando
Na
sombra do oitão da bolandeira,
Um
telhado coberto de poeira,
E
um rebanho de ovelhas descansando.
Dois
bois mansos criolos atrelados,
Parecidos
em tudo, emparelhados,
Vão
puxando a almanjarra sem preguiça.
Enquanto
várias campesinas belas
Aparecem
cantando nas janelas
Duma
casa de alpendre à tacaniça.
PIADAS
O
Turco vai se confessar:
- Padre, há 20 anos atrás, eu abriguei um refugiado de guerra. Qual o meu pecado?
- Meu filho, nisso não há pecado, você fez uma caridade!
- Mas, padre, eu cobrei aluguel dele.
- Tem razão, meu filho, isso e pecado! Reze 3 Ave-Marias e um Padre-Nosso...
- Só mais uma pergunta, padre! Devo falar pra ele que a guerra acabou?
- Padre, há 20 anos atrás, eu abriguei um refugiado de guerra. Qual o meu pecado?
- Meu filho, nisso não há pecado, você fez uma caridade!
- Mas, padre, eu cobrei aluguel dele.
- Tem razão, meu filho, isso e pecado! Reze 3 Ave-Marias e um Padre-Nosso...
- Só mais uma pergunta, padre! Devo falar pra ele que a guerra acabou?
O
sujeito vai para Israel visitar a família e aproveita para visitar alguns
lugares históricos: Jerusalém, Belém, o Rio Jordão...
Quando chega no Mar da Galiléia, ele resolve fazer um passeio de barco e
pergunta o preço para um sujeito que alugava barcos:
- Oitenta dólares a hora!
- Oitenta dólares? O senhor está maluco? é muito caro!
- Mas esse é o lago onde Jesus andou sobre as águas!
- Também pudera! Com o barco por esse preço!
Quando chega no Mar da Galiléia, ele resolve fazer um passeio de barco e
pergunta o preço para um sujeito que alugava barcos:
- Oitenta dólares a hora!
- Oitenta dólares? O senhor está maluco? é muito caro!
- Mas esse é o lago onde Jesus andou sobre as águas!
- Também pudera! Com o barco por esse preço!
O
Jacó vai colocar um anuncio no jornal.
- Gostaria de colocar uma nota fúnebre sobre a morte da minha esposa,
- Gostaria de colocar uma nota fúnebre sobre a morte da minha esposa,
diz ao
atendente.
- Pois não, quais são os dizeres?
- Sara morreu!
- Só isso? - espanta-se o rapaz.
- Sim, Jacó não quer gastar muito.
- Mas o preço mínimo permite até 5 palavras.
- Então coloca: "Sara morreu. Vendo Monza 94."
- Pois não, quais são os dizeres?
- Sara morreu!
- Só isso? - espanta-se o rapaz.
- Sim, Jacó não quer gastar muito.
- Mas o preço mínimo permite até 5 palavras.
- Então coloca: "Sara morreu. Vendo Monza 94."
POESIA = Bastos Tigre
BASTOS
TIGRE
RECIFE-PE = 1882
/ 1957
A
Concetta
Na minha longe, alegre juventude
Quando tu eras um brotinho e eu era
Estouvado e sem juízo – era uma “fera”
(Só não fiz as tolices que não pude...)
Tu foste o sol de minha primavera.
Veio após a estação
Dos arroubos da rubra mocidade
E eu entrando no lar com a claridade
Solar – 40 graus à sombra, insolação!...
Via, suando... frio que, em verdade,
Eras o sol do meu verão.
Mas do teu coração senhor e dono,
Continuei, entretanto, teu vassalo.
E, rainha, pregavas do teu trono,
E o teu sermão eu tinha de escutá-lo.
Mas foste o sol do meu outono.
Hoje, velhinhos, há quarenta e quatro
Anos na mesma jaula recolhidos
Eu, sem cafés, sem caixas de teatro,
Sem da boêmia, o delicioso inferno,
Em verso, aqui murmuro aos teus ouvidos:
- Tu és o sol do meu inverno.
BIOGRAFIA = Artur Azevedo
AZEVEDO ARTUR AZEVEDO
Arthur
Nabantino Gonçalves de Azevedo nasceu em São Luís, MA, em 7 de julho de 1855 e
faleceu em 22 de outubro de1908. Foi, ao lado do irmão Aluísio, um dos
fundadores da ABL, na qual criou a cadeira 29, que tem como patrono Martins
Pena.
Arthur Azevedo foi jornalista, poeta, contista e teatrólogo. Entre seus companheiros figuravam Olavo Bilac e Coelho Neto.
Foi um dos
grandes defensores da abolição da escravatura, tendo escrito as peças O
Liberato e A Família Salazar, esta última escrita em colaboração com Urbano
Duarte, proibidas pela censura do Império, e mais tarde, publicadas em um
volume intitulado O escravocrata.
Sua
ligação com o teatro se reflete nos quatro mil artigos sobre eventos
artísticos, publicados em jornais de grande circulação da época tais como O
País, O Diário de Notícias e O Mequetrefe, no qual teve importante participação
como articulista.
Embora já
escrevesse contos desde 1871, foi só em 1889 que se animou a reunir alguns
deles no volume Contos Possíveis, dedicado a Machado de Assis.
Simultaneamente
aos contos e artigos, desenvolvia também os teatros de revista, ou somente
revistas que o projetaram como um dos maiores teatrólogos brasileiros do
gênero.
Além
disso, durante três décadas lutou pela construção do Teatro Municipal, a cuja
inauguração não pôde assistir.
Sua
produção em revista é a seguinte:
Em 1884,
escreve, com Moreira Sampaio, a revista O Mandarim. Sai O escravocrata, reunião
de duas peças anteriores (O Liberato e A família Salazar), escrito em
colaboração de Urbano Moraes.
Em 1885,
publica, em parceria com Moreira Sampaio, Cocota.
Em 1886
sai a revista O Bilontra, escrita conjuntamente com Moreira Sampaio, e
Mercúrio, encenada no teatro Lucinda.
Em 1887,
assinada por Arthur Azevedo e Moreira Sampaio, estreia no teatro O Carioca.
O Homem
sai em 1887, e também é escrita pela dupla Arthur Azevedo e Moreira Sampaio. A
revista é baseada no romance homônimo do irmão de Arthur, o naturalista Aluísio
Azevedo.
Em 1889
Azevedo e Sampaio lançam, no Teatro Santana, a revista Dona Sebastiana
Em 1890
sai a revista A República, publicada juntamente com o irmão Aluísio. A estreia
da revista foi no dia 26 de março do mesmo ano; composta por 13 quadros, parece
ter sido um dos poucos sucessos de 90; Rose Villiot, uma das estrelas do gênero
de revista da época, representou o papel da República.
No ano de
1892 sai O Tribofe, assinada somente por Arthur Azevedo.
Em 1897
sai Capital Federal.
Em 1898, O
Jagunço.
Em 1899,
Arthur Azevedo "empresta" de Os Miseráveis, de Vitor Hugo, a
personagem de um herói adolescente, cujo nome era Gavroche, para dar nome à sua
revista.
Em 1902
publica O retrato a óleo
Em 1907
escreve O dote, que segundo a crítica é umas de suas mais bem acabadas
revistas.
Os contos
e poesias de Arthur Azevedo publicados são os seguintes:
Carapuças, poesias (1871); Sonetos (1876); Um dia de finados, sátira (1877); Contos fora da moda (1894); Contos efêmeros (1897); Contos em Verso (1898); Vida Alheia, contos (1929); O Oráculo (1956); Teatro (1983).
Fonte: www.unicamp.br
POESIA = Bastos Tigre
BASTOS
TIGRE
|
RECIFE-PE - 1882
1957
Amor
Geométrico
O meu amor é
um círculo; evidente
É que o centro do amor é o coração;
Ando há muito buscando uma tangente
Ou seja - um pé - para pedir-te a mão.
É que o centro do amor é o coração;
Ando há muito buscando uma tangente
Ou seja - um pé - para pedir-te a mão.
Deste-me
corda e eu digo francamente
Quer abrir o "arco" procuro agora em vão;
Cupido, o deus menino onipotente,
Fundo cravou-me a "flecha", o maganão!
Quer abrir o "arco" procuro agora em vão;
Cupido, o deus menino onipotente,
Fundo cravou-me a "flecha", o maganão!
Do círculo do amor calculo a área:
(fórmula)... e a mente vária
Sinto, enquanto a paciência se me esvai.
Conheço (pi)
(valor aproximado);
O que, porém, me deixa atrapalhado
É o "quadrado do raio", que é teu pai!
O que, porém, me deixa atrapalhado
É o "quadrado do raio", que é teu pai!
CONTO = Vinícius de Moraes
VINÍCIUS DE MORAES
RIO DE JANEIRO-RJ = 1913 - 1980
Separação
Voltou-se e
mirou-a como se fosse pela última vez, como quem repete um gesto imemorialmente
irremediável.
No íntimo,
preferia não tê-lo feito; mas ao chegar à porta sentiu que nada poderia evitar
a reincidência daquela cena tantas vezes contada na história do amor, que é
história do mundo.
Ela o olhava com
um olhar intenso onde existia uma incompreensão e um anelo, como a pedir-lhe,
ao mesmo tempo, que não fosse e que não deixasse de ir, por isso que era tudo
impossível entre eles.
Viu-a assim por
um lapso, em sua beleza morena, real mas já se distanciando na penumbra
ambiente que era para ele como a luz da memória.
Quis emprestar tom natural ao olhar que lhe dava, mas em vão, pois sentia todo o seu ser evaporar-se em direção a ela. Mais tarde lembrar-se-ia não recordar nenhuma cor naquele instante de separação, apesar da lâmpada rosa que sabia estar acesa.
Quis emprestar tom natural ao olhar que lhe dava, mas em vão, pois sentia todo o seu ser evaporar-se em direção a ela. Mais tarde lembrar-se-ia não recordar nenhuma cor naquele instante de separação, apesar da lâmpada rosa que sabia estar acesa.
Lembrar-se-ia
haver-se dito que a ausência de cores é completa em todos os instantes de
separação.
Seus olhares
fulguraram por um instante um contra o outro, depois se acariciaram ternamente
e, finalmente, se disseram que não havia nada a fazer.
Disse-lhe adeus
com doçura, virou-se e cerrou, de golpe, a porta sobre si mesmo numa tentativa
de secionar aqueles das mundos que eram ele e ela.
Mas o brusco
movimento de fechar prendera-lhe entre as folhas de madeira o espesso tecido da
vida, e ele ficou retido, sem se poder mover do lugar, sentindo o pranto
formar-se multo longe em seu íntimo e subir em busca de espaço, como um rio que
nasce.
Fechou os olhos,
tentando adiantar-se à agonia do momento, mas o fato de sabê-la ali ao lado, e
dele separada por imperativos categóricos de suas vidas, não lhe dava forças
para desprender-se dela.
Sabia que era
aquela a sua amada, por quem esperara desde sempre e que por muitos anos
buscara em cada mulher, na mais terrível e dolorosa busca.
Sabia, também,
que o primeiro passo que desse colocaria em movimento sua máquina de viver e
ele teria, mesmo como um autômato, de sair, andar, fazer coisas, distanciar-se
dela cada vez mais, cada vez mais.
E no entanto ali
estava, a poucos passos, sua forma feminina que não era nenhuma outra forma
feminina, mas a dela, a mulher amada, aquela que ele abençoara com os seus beijos
e agasalhara nos instantes do amor de seus corpos.
Tentou
imaginá-la em sua dolorosa mudez, já envolta em seu espaço próprio, perdida em
suas cogitações próprias - um ser desligado dele pelo limite existente entre
todas as coisas criadas.
De súbito, sentindo
que ia explodir em lágrimas, correu para a rua e pôs-se a andar sem saber para
onde…
CRÔNICA = Luís Veríssimo
LUIS FERNANDO VERÍSSIMO
PORTO ALEGRE-RS = 1936
A Primeira Pedra
E os
fariseus trouxeram a Jesus uma mulher apanhada em adultério, e perguntaram a
Jesus se ela não deveria ser apedrejada até a morte, como mandava a lei de
Moisés. E disse Jesus: aquele entre vós que estiver sem pecado que atire a
primeira pedra. E a vida da mulher foi poupada, pois nenhum dos seus acusadores
era sem pecado. Assim está na Bíblia, evangelho de São João 8, 1 a 11.
Mas
imagine que a Bíblia não tenha contado toda a história. Tudo o que realmente
aconteceu naquela manhã, no Monte das Oliveiras. Na versão completa do
episódio, um dos fariseus, depois de ouvir a frase de Jesus, pega uma pedra do
chão e prepara-se para atirá-la contra a mulher, dizendo: “Eu estou sem
pecado!”
— Pera lá
— diz Jesus, segurando o seu braço. — Você é um adultero conhecido. Larga a
pedra.
— Ah.
Pensei que adultério só fosse pecado para as mulheres — diz o fariseu, largando
a pedra.
Outro
fariseu junta uma pedra do chão e prepara-se para atirá-la contra a mulher,
gritando: “Nunca cometi adultério, sou puro como um cordeiro recém-nascido!”
— Falando
em cordeiro — diz Jesus, segurando o seu braço também — e aquele rebanho que
você foi encarregado de trazer para o templo, mas no caminho desviou dez por cento
para o seu próprio rebanho?
— Nunca
ficou provado nada! — protesta o fariseu.
— Mas eu
sei — diz Jesus. — Larga a pedra.
Um
terceiro fariseu pega uma pedra do chão e prepara-se para atirá-la contra a
adultera, dizendo: “Não só não sou corrupto como sempre combati a corrupção.
Fui eu que denunciei o escândalo da propina paga mensalmente a sacerdotes para
apoiar a os senhores do templo.”
— Mas
foste tu o primeiro a receber propina — diz Jesus, segurando seu braço.
— No meu
caso foi para melhor combater a corrupção!
— Larga a
pedra.
Um quarto
fariseu junta uma pedra do chão e prepara-se para atirá-la contra a mulher,
dizendo: “Não tenho pecados, nem da carne, nem de cupidez ou ganância!”
— Ah, é? —
diz Jesus, segurando o seu braço. — E aquela viúva que exploravas, tirando-lhe
todo o dinheiro?
— Mas isto
foi há muito tempo, e a mulher já morreu.
— Larga a
pedra, vai.
E quando
os fariseus se afastam, um discípulo pergunta a Jesus:
— Mestre,
que lição podemos tirar deste episódio?
— Evitem a
hipocrisia e o moralismo relativo — diz Jesus.
E,
pensando um pouco mais adiante:
— E, se
possível, a política partidária.
FRASES ENGRAÇADAS
"Pobre é de lascar, sempre diz que não
tem nada, mas
quando chove, fala que perdeu tudo."
"O grande amigo não é o que vem separar a briga, mas
"O grande amigo não é o que vem separar a briga, mas
sim aquele que chega dando uma voadora."
"A mulher mais feliz do mundo é a namorada do saci, pois ela
"A mulher mais feliz do mundo é a namorada do saci, pois ela
sabe que se levar um pé na bunda, quem cai é
ele."
"O mundo é bom porque é uma bola! Se fossem duas seria um saco..."
"Se não puder ajudar, atrapalhe, afinal o importante é participar."
"Cabelo ruim é igual a bandido... ou tá preso ou tá armado!!!
"Os políticos são como as fraldas. Devem ser trocados
"O mundo é bom porque é uma bola! Se fossem duas seria um saco..."
"Se não puder ajudar, atrapalhe, afinal o importante é participar."
"Cabelo ruim é igual a bandido... ou tá preso ou tá armado!!!
"Os políticos são como as fraldas. Devem ser trocados
constantemente. E sempre pelo mesmo
motivo."
"Mal por mal, prefiro o de Alzheimer ao de Parkinson. É melhor
"Mal por mal, prefiro o de Alzheimer ao de Parkinson. É melhor
esquecer de pagar a cerveja do que derrubar
tudo no chão".
Meia Idade: É a altura da vida em que o trabalho já não dá
Meia Idade: É a altura da vida em que o trabalho já não dá
prazer e o prazer começa a dar trabalho !!!
POESIA = João Cabral
JOÃO
CABRAL DE MELO NETO
RECIFE-PE =
1920-1999
Autobiografia
De Um Só Dia
No
engenho poço não nasci:
minha mãe, na véspera de mim,
veio de lá para a Jaqueira,
que era onde, queiram ou não queiram,
os netos tinham de nascer,
no quarto-avós, frente à maré.
Ou porque chegássemos tarde
(não porque quisesse apressar-me,
e se soubesse o que teria
de tédio à frente, abortaria)
ou porque o doutor deu-me quandos,
minha mãe no quarto-dos-santos,
misto de santuário e capela,
lá dormiria, até que para ela,
fizessem cedo no outro dia
o quarto onde os netos nasciam.
Porém em pleno céu de gessos,
naquela madrugada mesmo,
nascemos eu e minha morte,
contra o ritual daquela corte
que nada de uma homem sabia:
que ao nascer esperneia, grita.
Parido no quarto-dos-santos,
sem querer, nasci blasfemando,
pois são balsfêmias sangue e grito
em meio à feririce de lírios,
mesmo se explodem (gritos, sangue),
de chácaras entre marés, mangues.
minha mãe, na véspera de mim,
veio de lá para a Jaqueira,
que era onde, queiram ou não queiram,
os netos tinham de nascer,
no quarto-avós, frente à maré.
Ou porque chegássemos tarde
(não porque quisesse apressar-me,
e se soubesse o que teria
de tédio à frente, abortaria)
ou porque o doutor deu-me quandos,
minha mãe no quarto-dos-santos,
misto de santuário e capela,
lá dormiria, até que para ela,
fizessem cedo no outro dia
o quarto onde os netos nasciam.
Porém em pleno céu de gessos,
naquela madrugada mesmo,
nascemos eu e minha morte,
contra o ritual daquela corte
que nada de uma homem sabia:
que ao nascer esperneia, grita.
Parido no quarto-dos-santos,
sem querer, nasci blasfemando,
pois são balsfêmias sangue e grito
em meio à feririce de lírios,
mesmo se explodem (gritos, sangue),
de chácaras entre marés, mangues.
PIADAS
Um casal tinha quatro filhos homens. Os
três mais velhos eram altos, ruivos e de pele clara, enquanto o mais novo tinha
cabelo preto, olhos escuros e era baixo.
Após uma longa doença, o pai estava em seu leito de morte. Virando-se para a mulher, perguntou, num sussurro:
- Querida, antes de eu morrer, seja sincera comigo. Nosso caçula é mesmo meu filho?
A mulher respondeu carinhosamente:
- Juro por tudo que há de mais sagrado que ele é seu filho.
Com isso, o homem morreu em paz. A mulher fechou-lhe os olhos e murmurou:
- Graças a Deus ele não perguntou sobre os outros!
Após uma longa doença, o pai estava em seu leito de morte. Virando-se para a mulher, perguntou, num sussurro:
- Querida, antes de eu morrer, seja sincera comigo. Nosso caçula é mesmo meu filho?
A mulher respondeu carinhosamente:
- Juro por tudo que há de mais sagrado que ele é seu filho.
Com isso, o homem morreu em paz. A mulher fechou-lhe os olhos e murmurou:
- Graças a Deus ele não perguntou sobre os outros!
<><><><><>
O médico pergunta à mulher:
- Você costuma ter relações durante o dia?
- Pelo menos duas vezes ao dia.
- E durante o ato, fala com seu marido?
- Não. Ele não gosta que eu ligue para o serviço dele.
- Você costuma ter relações durante o dia?
- Pelo menos duas vezes ao dia.
- E durante o ato, fala com seu marido?
- Não. Ele não gosta que eu ligue para o serviço dele.
<><><><><>
No Tribunal, o Juiz entrevista o casal que
quer se divorciar.
- Por que é que o senhor quer o divórcio?
- Sua Excelência, a minha mulher é preguiçosa e péssima dona de casa. E além do mais, estou farto de chegar em casa e ver a nossa cama cheia de parasitas.
- Isso não me parece ser motivo suficiente para o divórcio! - exclama o Juiz e virando-se para a mulher:
- E a senhora? O que tem a senhora a dizer?
- Sr. Juiz, o meu marido é um ordinário! O senhor não ouviu como ele chamou os meus amigos?
- Por que é que o senhor quer o divórcio?
- Sua Excelência, a minha mulher é preguiçosa e péssima dona de casa. E além do mais, estou farto de chegar em casa e ver a nossa cama cheia de parasitas.
- Isso não me parece ser motivo suficiente para o divórcio! - exclama o Juiz e virando-se para a mulher:
- E a senhora? O que tem a senhora a dizer?
- Sr. Juiz, o meu marido é um ordinário! O senhor não ouviu como ele chamou os meus amigos?
<><><><><>
O marido chega mais cedo do trabalho e
surpreende a mulher com o seu melhor amigo, em pleno ato sexual, na sua própria
cama.
- Claudia, minha esposa querida, como você pode fazer isso comigo? Eu que durante todos esses anos, sempre fui um marido fiel, te amei como ninguém...
Dediquei toda a minha vida para te fazer feliz... E você Gustavo, a quem eu considerava como um irmão, a quem sempre amparei nos momentos difíceis, eu que sempre te admirei, você era um exemplo de... ei... vocês querem parar de trepar e prestar atenção no que eu estou dizendo?
- Claudia, minha esposa querida, como você pode fazer isso comigo? Eu que durante todos esses anos, sempre fui um marido fiel, te amei como ninguém...
Dediquei toda a minha vida para te fazer feliz... E você Gustavo, a quem eu considerava como um irmão, a quem sempre amparei nos momentos difíceis, eu que sempre te admirei, você era um exemplo de... ei... vocês querem parar de trepar e prestar atenção no que eu estou dizendo?
<><><><><>
Um casal estava dormindo profundamente como
inocentes bebês. De repente, lá pelas três horas da manhã, escutam ruídos fora
do quarto. A mulher se sobressalta e totalmente espantada diz para o homem:
- Aaaaaiiiiiii meu Deus, deve ser o meu marido!
O cara se levanta espantadíssimo e peladão, pula como pode pela janela e cai em cima de uma planta com espinhos. Em poucos segundos volta e diz:
- Desgraçada... teu marido sou eu!
- Aaaaaiiiiiii meu Deus, deve ser o meu marido!
O cara se levanta espantadíssimo e peladão, pula como pode pela janela e cai em cima de uma planta com espinhos. Em poucos segundos volta e diz:
- Desgraçada... teu marido sou eu!
PENSAMENTOS = Adultério
ADULTÉRIO
O adultério é a aplicação dos
princípios democráticos ao amor."
H. L. Mencken
H. L. Mencken
"No adultério há pelo menos três
pessoas que se enganam."
Carlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de Andrade
"Adultério: É isso que liga três
pessoas sem uma saber."
Leon Eliachar
"Os jogos de azar são indecentes
para os
medíocres, o adultério também."
Juvenal
"Quem primeiro deprecia a
adúltera é aquele com
quem ela cometeu o adultério."
Abenhazan de Córdoba
"O adultério é, muitas
vezes, a forma traiçoeira
adotada por um cônjuge para se
desforrar da
opressão que o outro exerce sobre
ele."
Walter Waeny
"O adultério é justificável: a
alma necessita de
poucas coisas; o corpo, muitas."
George Wells Herbert
"Em latim, adultério quer dizer alteração, adulteração, colocar
"Em latim, adultério quer dizer alteração, adulteração, colocar
uma coisa em lugar de outra, crime de
falsidade, uso
de chaves falsas, contrato falso. Daí o nome
adultério dado a quem profana
o leito
conjugal, como chave falsa introduzida
em fechadura alheia."
Voltaire
CONTO = Humberto de Campos
HUMBERTO DE CAMPOS
MIRITIBA-MA = 1886
/ 1934
A Dívida De Abraão
Não
era de hoje, nem de ontem, que Abraão Efraim, o conhecido proprietário da casa
de penhores Efraim & Irmão, nutria profundas simpatias pela esposa do seu
amigo Isaac Fernandes. A sua fortuna, as suas lábias, as suas declarações
pessoais e pelo telefone público, jamais haviam, no entanto, adiantado um passo
no caminho da sua pretensão desonesta.
Com
as mulheres, porém, não convém desesperar. Por trás de cada anjo da guarda há
um demônio de atalaia, de modo que, à menor distração do anjo, o demônio toma
conta do lugar. E a vez da substituição na casa de Isaac Fernandes chegou,
naquela tarde cariciosa de maio, pouco depois do meio-dia.
Na
véspera, havia a formosa senhora visto no mostruário de uma chapelaria, na
Avenida, um chapéu, com o qual sonhara toda a noite. E pensava ainda nele,
quando Abraão, o bigode retorcido e negro, o nariz israelita espiando para
dentro da boca, subiu a escada, com a intimidade que tinha na casa.
A
presença daquele pretendente iluminou, de súbito, o espírito da formosa judia.
Um beijo em Abraão, se ele lh'o pedisse, e teria o chapéu.
-
Bom dia, Raquel!
-
Bom dia, Abraão!
-
Então, já está resolvida a salvar minh'alma?
-
Depende, Abraão. Se salvares a minha situação, eu salvarei a tu'alma.
E
sentando-se ao lado.
-
Olha, eu preciso, hoje, de quinhentos mil réis. É um caso urgente.
Arranja-m'os, que tereis o que quiseres.
-
É para já?
-
Para já!
De
um salto, Abraão Efraim estava na rua tomando direção. A casa comercial mais
próxima, onde poderia arranjar o dinheiro, era a de Isaac Fernandes, marido de
Rachel. Entrou lá.
-
Isaac, empresta-me quinhentos mil réis por algumas horas? Pago-te hoje mesmo.
Vinte
minutos depois, estava Raquel com os quinhentos mil réis, e Abraão, contente da
vida, nos braços da mulher mais formosa produzida pelo povo de Israel. E
descia, um a um, duas horas depois, as escadas da casa em que passara um dos
momentos inolvidáveis da sua existência, quando, em baixo, nos últimos degraus,
deu de cara com Isaac, que subia.
-
Tu, por aqui, Abraão?
-
É verdade, Isaac. Vim à tua procura. Muito obrigado, meu velho.
E
apertando a mão do amigo:
-
Vim pagar-te os quinhentos mil réis que me emprestaste... Deixei-os com a tua
mulher...
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