AZEVEDO ARTUR AZEVEDO
Arthur
Nabantino Gonçalves de Azevedo nasceu em São Luís, MA, em 7 de julho de 1855 e
faleceu em 22 de outubro de1908. Foi, ao lado do irmão Aluísio, um dos
fundadores da ABL, na qual criou a cadeira 29, que tem como patrono Martins
Pena.
Arthur Azevedo foi jornalista, poeta, contista e teatrólogo. Entre seus companheiros figuravam Olavo Bilac e Coelho Neto.
Foi um dos
grandes defensores da abolição da escravatura, tendo escrito as peças O
Liberato e A Família Salazar, esta última escrita em colaboração com Urbano
Duarte, proibidas pela censura do Império, e mais tarde, publicadas em um
volume intitulado O escravocrata.
Sua
ligação com o teatro se reflete nos quatro mil artigos sobre eventos
artísticos, publicados em jornais de grande circulação da época tais como O
País, O Diário de Notícias e O Mequetrefe, no qual teve importante participação
como articulista.
Embora já
escrevesse contos desde 1871, foi só em 1889 que se animou a reunir alguns
deles no volume Contos Possíveis, dedicado a Machado de Assis.
Simultaneamente
aos contos e artigos, desenvolvia também os teatros de revista, ou somente
revistas que o projetaram como um dos maiores teatrólogos brasileiros do
gênero.
Além
disso, durante três décadas lutou pela construção do Teatro Municipal, a cuja
inauguração não pôde assistir.
Sua
produção em revista é a seguinte:
Em 1884,
escreve, com Moreira Sampaio, a revista O Mandarim. Sai O escravocrata, reunião
de duas peças anteriores (O Liberato e A família Salazar), escrito em
colaboração de Urbano Moraes.
Em 1885,
publica, em parceria com Moreira Sampaio, Cocota.
Em 1886
sai a revista O Bilontra, escrita conjuntamente com Moreira Sampaio, e
Mercúrio, encenada no teatro Lucinda.
Em 1887,
assinada por Arthur Azevedo e Moreira Sampaio, estreia no teatro O Carioca.
O Homem
sai em 1887, e também é escrita pela dupla Arthur Azevedo e Moreira Sampaio. A
revista é baseada no romance homônimo do irmão de Arthur, o naturalista Aluísio
Azevedo.
Em 1889
Azevedo e Sampaio lançam, no Teatro Santana, a revista Dona Sebastiana
Em 1890
sai a revista A República, publicada juntamente com o irmão Aluísio. A estreia
da revista foi no dia 26 de março do mesmo ano; composta por 13 quadros, parece
ter sido um dos poucos sucessos de 90; Rose Villiot, uma das estrelas do gênero
de revista da época, representou o papel da República.
No ano de
1892 sai O Tribofe, assinada somente por Arthur Azevedo.
Em 1897
sai Capital Federal.
Em 1898, O
Jagunço.
Em 1899,
Arthur Azevedo "empresta" de Os Miseráveis, de Vitor Hugo, a
personagem de um herói adolescente, cujo nome era Gavroche, para dar nome à sua
revista.
Em 1902
publica O retrato a óleo
Em 1907
escreve O dote, que segundo a crítica é umas de suas mais bem acabadas
revistas.
Os contos
e poesias de Arthur Azevedo publicados são os seguintes:
Carapuças, poesias (1871); Sonetos (1876); Um dia de finados, sátira (1877); Contos fora da moda (1894); Contos efêmeros (1897); Contos em Verso (1898); Vida Alheia, contos (1929); O Oráculo (1956); Teatro (1983).
Fonte: www.unicamp.br
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