sábado, 29 de setembro de 2012

VÍDEO = Beethoven

VÍDEO = Schubert

BIOGRAFIA = Eça de Queirós

JOSÉ MARIA EÇA DE QUEIRÓS




Nascido na Póvoa de Varzim em 1846 [de fato em 25 de Novembro de 1845], faleceu em Paris a 17 de Agosto de 1900. Era filho do Dr. José Maria Teixeira de Queirós, juiz do Supremo Tribunal de Justiça, e de sua mulher, D. Carolina de Eça.

Depois de ter estudado nalguns colégios do Porto matriculou-se na faculdade de Direito na Universidade de Coimbra, completando a sua formatura em 1866. Foi depois para Leiria redigir um jornal político, mas não tardou que viesse para Lisboa, onde residia seu pai, e em 1867 estabeleceu-se como advogado, profissão que exerceu algum tempo mas que abandonou pouco depois, por não lhe parecer que pudesse alcançar um futuro lisonjeiro. Era amigo íntimo de Antero de Quental, com quem viveu fraternalmente, e com ele e outros formou uma ligação seleta e verdadeira agremiação literária para controvérsias humorísticas e instrutivas. Nessas assembleias entraram Ramalho Ortigão, Oliveira Martins, Salomão Saraga e Lobo de Moura. Estabeleceram-se então em 1871 as notáveis conferências democráticas no Casino Lisbonense, e Eça de Queirós, na que lhe competiu, discursou acerca do Realismo na Arte, em que obteve ruidoso triunfo. Decidindo-se a seguir a carreira diplomática, foi a um concurso em 21 de Julho de 1870, ficando o primeiro classificado, e em 1872 teve a nomeação de cônsul geral de Havana, para onde partiu. Permaneceu poucos anos em Cuba, no meio das terríveis repressões do governo espanhol. Em 1874 foi transferido para Newcastle; em 1876 para Bristol, e finalmente para Paris em 1888, onde veio a falecer.

Eça de Queirós era casado com a Sr.ª D. Emília de Castro Pamplona, irmã do conde de Resende.

Colaborou na Gazeta de Portugal, Revolução de Setembro, Renascença, Diário Ilustrado, Diário de Notícias, Ocidente, Correspondência de Portugal, e em outras publicações. Para o Diário de Notícias escreveu especialmente o conto Singularidades duma Rapariga Loura, que saiu no livre brinde de 1873, e a descrição das festas da abertura do canal do Suez, a que ele assistiu em 1870, e que saíram com o título de Port-Said a Suez, no referido jornal, folhetim de 18 a 21 de Janeiro do mesmo ano de 1870. Na Gazeta de Portugal, de 13 de Outubro de 1867, publicou um folhetim com o título Lisboa, seguindo-se as Memórias de uma Freira e O Milhafre; em 20 de Outubro, também de 1867, o conto fantástico O Sr. Diabo. Fundou a Revista Portugal com a colaboração dos principais e mais célebres homens de letras do seu tempo. Saíram desta revista 24 números, que formam 4 tomos de 6 números cada um. Para este jornal é que escreveu as Cartas de Fradique Mendes. Na Revista Moderna publicou o romance A Ilustre Casa de Ramires.

As obras de Eça de Queirós, na maior parte, têm tido diversas edições tanto em Lisboa como no Porto. Colaborou no livro In Memoriam, em homenagem a Antero de Quental. São de Eça de Queirós os interessantes prólogos dos Almanachs Encyclopedicos de 1896 e 1897 por ele dirigidos e publicados pelo falecido editor António Maria Pereira. Eça de Queirós, quando faleceu, estava trabalhando em romances inspirados nas lendas de S. Cristóvão e de S. Frei Gil, o celebrado bruxo português. Devido à iniciativa de amigos dedicados do falecido escritor, elevou-se uma estátua em mármore para perpetuar a sua memória, a qual está situada no Largo de Quintela. É uma verdadeira obra artística do escultor Teixeira Lopes. Figura Eça de Queirós curvado sobre a Verdade, lendo-se no pedaço de mármore tosco, que serve de pedestal à estátua da Verdade, estas palavras, que foram ali esculpidas. «Sobre a nudez forte da Verdade, o manto diáfano da fantasia». A inauguração realizou-se no dia 9 de Novembro de1903, discursando os Srs. Conde de Arnoso e de Ávila, Ramalho Ortigão, Dr. Luís de Magalhães, Aníbal Soares e António Cândido; o actor Ferreira da Silva recitou uma poesia do Sr. Alberto de Oliveira, falando por último o Sr. Conde de Resende, cunhado de Eça de Queirós, agradecendo muito comovido em nome da família do falecido escritor aquela homenagem prestada à sua memória.









ANIV. DE OLEGÁRIO = Confraria do Mar

25 - SETEMBRO - 2012


RESTAURANTE "CARNEIROS"

Eu e o grande cantor Brilhoso

GRANDES PINTORES

PAUL GAUGUIN = França, 1848-1903
PAUL GAUGUIN = França, 1848-1903
PAUL GAUGUIN = França, 1848-1903
PAUL GAUGUIN = França, 1848-1903
PAUL GAUGUIN = França, 1848-1903
ULISSE CAPUTO = Itália, 1872-1948
ULISSE CAPUTO = Itália, 1872-1948
ULISSE CAPUTO = Itália, 1872-1948

POESIA = Zé da Luz

ZÉ DA LUZ



A Terra Caiu No Chão





Visitando o meu sertão
que tanta grandeza encerra,
trouxe um punhado de terra
com a maior satisfação.

Fiz isso na intenção,
Como fez Pedro Segundo,
de quando eu deixasse o mundo
levá-lo no meu caixão.

Chegando ao Rio, pensei
guardá-lo só para mim
e num saquinho de brim
essa relíquia encerrei!

Com carinho e com cuidado
numa ripa do telhado,
o saquinho pendurei...

Uma doença apanhei
e vendo bem próxima a morte
lembrando as terras do norte
do saquinho me lembrei.

Que cruel desilusão!
As traças, sem coração
meterem os dentes no saco,
fizeram um grande buraco
e a terra caiu no chão.




(Sevrino de Andrade Silva o Zé da Luz, nasceu em 29 de Março de 1904, na cidade de Itabaiana/PB, foi alfaiate e devido as dificuldades de ganhar a vida, foi ao Rio de Janeiro e escreveu dois livros BRASIL CABÔCLO e SERTÃO EM CARNE E OSSO.

Seus poemas descritivos, além das narrativas profundas, das personagens fortes e marcantes, os versos eram trabalhados na sua sonoridade poética, com a perfeição profunda.

O poeta se utilizava do português cabôclo, nascido da oralidade nordestina, mas inseria a cultura do seu povo, os costumes, as alegrias, a fé e as dores de cada dia.



PIADA = Vaga Para Domador

Vaga Para Domador De Leão




O dono de um circo passou um anúncio no no jornal procurando um domador de leão.

Apareceram 2 pessoas: um senhor de boa aparência, aposentado, beirando 70 anos e uma loira espetacular de 25 anos.

O dono do circo fala com os 2 candidatos e diz:

- Eu vou direto ao ponto. Meu leão é extremamente feroz, e matou os meus dois últimos domadores. Ou vocês são realmente bons, ou vão durar 1 minuto! Aqui está o equipamento – cadeira, chicote, pistola! Quem quer entrar primeiro?

A loira fala:

- Eu vou!

Ela ignora cadeira, chicote e pistola e entra rapidamente na gaiola.

O leão ruge e começa a correr na direção da loira.

Quando falta um metro para ela ser alcançada, a loira abre o seu vestido e fica pelada, mostrando todo o esplendor do seu corpo.

O leão para como se tivesse sido fulminado por um raio! Ele se deita na frente da loira e começa a lamber os seus pés!

Pouco a pouco, ele vai subindo e lambe o corpo inteiro da loira durante longos minutos!

Finalmente ele se deita de novo com a cabeça deitada nos pés da loira.

O dono do circo, com o queixo caído até o chão diz:

- Eu nunca vi algo assim na minha vida!

Ele se vira para o velhinho e pergunta:

– Você consegue fazer a mesma coisa?

E o velho responde:

- Claro! É só tirar o leão…



POESIA = Guerra Junqueiro


G U E R R A  J U N Q U E I R O
PORTUGAL - 1850 / 1923
(A Velhice do Padre Eterno)




O Batismo




 
Batizais: arrancais dum anjo um satanás.

Desinfetais Ariel banhando-o em aguarrás

De igreja e no latim que um malandro expectora.

Dizeis à noite: -- limpa a túnica da aurora,

E ao rouxinol dizeis: -- pede a bênção da c'ruja.

Dais os lírios em flor ao rol da roupa suja,

Representais a farsa estúpida e sombria

Dum cônego a lavar um astro numa pia,

Finalmente extraís da inocência o pecado,

Que é o mesmo que extrair duma rosa um cevado;

E tudo isto porquê?

-- Porque na bíblia um mono

Devora uma maçã sem licença do dono!





VÍDEO = Pavaroti - Carreras - Placido Domingo

CIDADES DO NORDESTE

OLINDA-PE
OLINDA-PE
PALMARES-PE
PAULO AFONSO-BA
PAULO AFONSO-BA
PAULO AFONSO-BA
PAULO AFONSO-BA
PICOS-PI
PICOS-PI
PICOS-PI
PICOS-PI
PICOS-PI
PICOS-PI
PICOS-PI

PIADA =Clone da Esposa

O Clone Da Esposa




O sujeito está no bar, caindo de bêbado, quando olha pra única mulher do estabelecimento, sentada, tomando uma cerveja. Cambaleando, ele vai até lá, põe a mão sobre a perna dela e começa a abraçá-la. Imediatamente a mulher vira um tapa na cara do bêbado, que se defende:

- Desculpe, moça! (hic) Eu pensei que fosse a minha mulher! Você é igualzinha minha mulher!!!

- Sai daqui, seu bêbado! Vagabundo, desgraçado, filho da...

- Tá vendo? - interrompe o bêbado - Você também fala igualzinho ela!!!



CRÔNICA = Mário Sette

MÁRIO SETTE
RECIFE-PE = 1886-1950




As Barcaças De Capim





Era na época mais agitada da abolição da escravatura.

Todos os brasileiros, e os pernambucanos por excelência, se envergonhavam da existência do cativeiro em seu país, procurando cada um prestar seus esforços em favor da grande obra de libertação desses pobres negros, tão dóceis, tão laboriosos, tão bons!

Uns abolicionistas faziam discursos na praça pública, outros escreviam nos jornais, muitos davam dinheiro para ajudar na alforria de alguns escravos ou facilitavam a fuga de outros.

Os que fugiam, em regra, embarcavam às escondidas para o Ceará, que foi a primeira província do Brasil a dar liberdade aos escravos.

E a bela cruzada tomava quase um aspecto de religião. Somente os interessados defendiam a escravidão.

No Recife, entre tantas outras, havia um par de almas generosas e estóicas, devotado ao extremo a essa humana causa; era o doutor José Mariano, político muito querido do povo, e sua esposa dona Olegarinha.

Residiam em um sobrado no Poço da Panela, à margem do Capibaribe, e, ali, se refugiavam os escravos evadidos dos engenhos, das fazendas, dos sítios, certos de encontrar segurança, amparo e carinho.

Quase não havia noite em que, sorrateiramente, um pobre cativo não chegasse ao Poço da Panela, por vezes maltratado, o corpo sangrando de castigos, as mãos inchadas de bolos, os dentes arrancados à força; uma lástima, uma tristeza!

Dona Olegarinha, ela própria, tratava os ferimentos, consolava os infortunados, dava-lhes alimentos e vestuários.

José Mariano, por seu lado, andava pregando nas ruas em favor da abolição e a palavra vibrante ia fazendo adeptos.

Por fim, estando o palacete do Poço da Panela muito cheio de refugiados, José Mariano e sua esposa resolveram embarcar alguns dos seus protegidos para o Ceará.

Todavia, mostrava-se bastante arriscada essa viagem. A polícia, a mando do governo, vivia na beira do cais, espreitando as embarcações, no intuito de aprisionar os escravos que fugissem, missão essa que o exército recusara quando o quiseram disso encarregar.

José Mariano, porém, era astucioso. Conseguiu a colaboração dos barcaceiros, e, assim, as barcaças subiam o Capibaribe até o Poço, a pretexto de carregar capim. Ali, à noitinha, os escravos entravam nas embarcações, escondiam-se nos porões, e por cima deles estendiam os feixes de capim.

De madrugada as barcaças desciam o rio. Passavam diante dos soldados, sem causar desconfianças, serenamente.

E mal dobravam a boca da barra abrindo todas as suas velas brancas, cortando airosamente o mar, lá se iam para longe.


(Sette, Mário. Terra pernambucana)

LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO


LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO
PORTO ALEGRE-RS = 1936





"Sonho é comer um churrasco preparado
por gaúchos, numa praia do nordeste,
com mulheres mineiras, organizado
por paulistas e animado por cariocas.



Pesadelo  é comer um  churrasco  preparado
por  mineiros,  numa  praia  gaúcha,  com
mulheres nordestinas, organizado por
cariocas e animado por paulistas."

POESIA = Gilberto Freire

GILBERTO FREYRE
RECIFE-PE = 1900 / 1987


 

Jangada Triste
(1911)





Ao longe, mui longe, no horizonte,
além, muito além daquele monte,
como ave que voa desdenhada,
flutua tristemente uma jangada.


Nos zangados soluços do oceano,
quase desaparece o canto humano
de quem no mar e céu inda confia
porque em terra tudo lhe é melancolia.


Isso de terra firme e mar traiçoeiro
nem sempre é certo para o jangadeiro
mais preso ao fiel sal que à incerta areia.


Mistura ao grande azul as suas mágoas
e encontra no vaivém das verdes águas
consolo às negras dores cá da terra.

GRANDES PINTORES

MANEZINHO ARAÚJO
Cabo de Stº Agostinho-PE, 1910-1993
MANEZINHO ARAÚJO
Cabo de Stº Agostinho-PE, 1910-1993
MANEZINHO ARAÚJO
Cabo de Stº Agostinho-PE, 1910-1993
MANEZINHO ARAÚJO
Cabo de Stº Agostinho-PE, 1910-1993
MANEZINHO ARAÚJO
Cabo de Stº Agostinho-PE, 1910-1993




RECIFE-PE = BRASIL


CAPITAIS DO NORDESTE

JOÃO PESSOA-PB
JOÃO PESSOA-PB
JOÃO PESSOA-PB
JOÃO PESSOA-PB
JOÃO PESSOA-PB = Estátua de Augusto dos Anjos
MACEIÓ-AL
MACEIÓ-AL
MACEIÓ-AL
MACEIÓ-AL
MACEIÓ-AL