POEMA
II
Por onde o
Galo, hoje, passa
passaram
galos de briga
cocorocando
outros frevos
nas Sertãs
da avenida
eram
cantigas do peito
que queriam
o bem da vida
um amor
quase perfeito
que suava o
corpo todo
de sonho,
alegria e medo
Era porrada
na cara
do Trianon
à Pracinha
eram fuzis
eram balas
não
conseguiram ser minhas
nem
conseguiram calar
o frevo de
nossas falas.
Hoje,
quando o Galo passa
sou tentado
a compreender
que o sonho
adolescente
continuou a
ferver
nos clarins
de outra memória
no frevo
canção da História,
embora as
graves lembranças
impossíveis
de esquecer.
ALBÉRGIO
MAIA DE FARIAS
RECIFE-PE,
1947
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