"A praça é do povo!
como o céu é do condor".
É o antro onde a liberdade
cria águias em seu calor.
como o céu é do condor".
É o antro onde a liberdade
cria águias em seu calor.
Senhor, pois quereis a praça?
Desgraçada a população!
Só tem a rua de seu…
Ninguém vós rouba os castelos,
Desgraçada a população!
Só tem a rua de seu…
Ninguém vós rouba os castelos,
Tende palácios tão belos…
Deixai a terra ao Anteu.
Mas embalde… que o direito
Não é pasto de punhal
Deixai a terra ao Anteu.
Mas embalde… que o direito
Não é pasto de punhal
Nem a patas de cavalo
Se faz um crime legal…
Ah! não há muitos setembros!
Da plebe doem-se os membros
Se faz um crime legal…
Ah! não há muitos setembros!
Da plebe doem-se os membros
No chicote do poder,
E o momento é malfadado
Quando o povo ensanguentado
Diz: já não posso sofrer.
E o momento é malfadado
Quando o povo ensanguentado
Diz: já não posso sofrer.
CASTRO ALVES
CURRALINHO-BA = 1847-1871
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