Triste
Vai-se
extinguindo a viva labareda
Que te
abrasava o coração ridente...
Passas
magoada pela rua e a gente
Umas
conversas funerais segreda.
Não tens no
olhar o sangue qu’embebeda,
Foram-se as
rosas do viver contente...
Segues,
agora, pobre flor — somente
Da sepultura
a essencial vereda.
E vem
chegando o tenebroso inverno...
Mas nesse
mal devorador e eterno,
Teu
organismo já não mais resiste
Às
punhaladas da estação de gelo...
E acabará
como eu nem sei dizê-lo,
Triste, bem triste, pesarosa, triste!
CRUZ E SOUSA
FLORIANÓPOLIS-SC =
1861-1898
Nenhum comentário:
Postar um comentário