ADELMAR TAVARES *
Como que o vejo... o chapelão caído
Sobre a cabeça branca de algodão...
Buscando o campo, - o dia mal nascido,
Voltando à casa, o dia em escuridão.
Lavrador, fez da terra o ideal querido.
“Meu filho, a terra é que nos dá o pão”,
Dizia-me. E cavava comovido,
A várzea aberta para a plantação...
Sete palmos de campo, soluçando,
Uns homens rudes ... Tempo que já vai!
Meu pai desceu de
branco... Ia dormindo
Fechou-se a terra... E não vi mais meu pai!
*
ADELMAR TAVARES DA SILVA CAVALCANTI, advogado,
professor, jurista, magistrado e poeta, nasceu em Recife(PE), em 16 de
fevereiro de
1888, e
faleceu no Rio de Janeiro(RJ), em 20 de junho de 1963. Eleito em 25 de março de
1926 para a Cadeira nº 11 da Academia Brasileira de Letras
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