sábado, 1 de setembro de 2012

VARGAS VILA

VARGAS  VILA
COLÔMBIA = 1860-1933



As palavras de Vargas Vila é um convite à reflexão. Este autor maldito, banido da sua terra natal, foi “novelista, militante panfletário, jornalista, niilista, ateu, anticlerical e obsessivamente indignado com a palhaçada fastidiosa reinante na América Latina, principalmente com o carneirismo vergonhoso de sua política e de suas assembléias”.
Seus livros foram censurados, queimados em praça pública e a Igreja ameaçou de excomunhão quem se atrevesse a lê-los.
Escritas há muito tempo, são palavras atuais pertinentes. Por exemplo, o que ele escreve sobre a sinceridade. Seja sincero e correrá o sério risco de ver decretada a sua morte social. Muitos lhe considerarão inconveniente e grosseiro; outros dirão que você padece da ingenuidade dos loucos e das crianças – os únicos que, em geral, não temem a espontaneidade – e o aconselharão a “pensar antes de falar”; dirão que seu tom de voz é ofensivo. O ser humano necessita gosta das aparências. A verdade pode ser insuportável.



“A sinceridade é uma virtude que devemos somente a nós
mesmos. Praticá-la com os outros é um suicídio”


A mentira é o fundamento da sociedade: “O único método reflexivo de triunfar é a mentira; a verdade é espontânea e irreflexiva; por isso leva sempre à derrota; ninguém se salvou
por dizer uma verdade; todos os vencedores o
foram pelo poder de uma mentira…”


“A mentira é o estado natural do homem. Na mentira vivemos, pela mentira gozamos e é do seio generoso da mentira que extraímos as únicas gotas de mel que adoçam a vida. A mentira é a esmola dos céus, nela vibra a bondade suprema, é ela que dá força ao espírito
para não desfalecer, não morrer, não fechar as asas e cair
dos céus exóticos do sonho sobre a terra miserável.”


“A verdade é de tal maneira odiosa aos homens, que quando mencionam uma, a colocam na boca de um louco como Hamlet.
E é para provar sua loucura que este diz uma verdade.”



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