FLORBELA ESPANCA
PORTUGAL = 1894 / 1930
À Guerra!
Fala o canhão. Estala o riso da metralha
Os clarins muito ao longe tocam a reunir.
O Deus da guerra ri nos campos de batalha
E tu, ó Pátria, ergues-te a sorrir!
Os clarins muito ao longe tocam a reunir.
O Deus da guerra ri nos campos de batalha
E tu, ó Pátria, ergues-te a sorrir!
Vestes alva cota bordada e rosicleres
Desfraldas a bandeira rubra dos combates,
Levas no heróico seio a alma das mulheres
E ergue-se contigo a alma de teus vates!
Desfraldas a bandeira rubra dos combates,
Levas no heróico seio a alma das mulheres
E ergue-se contigo a alma de teus vates!
Levanta-se do túmulo a voz dos teus
heróis,
Cintila em tua fronte o brilho desses sóis,
Até o próprio mar t’incita a combater!
Cintila em tua fronte o brilho desses sóis,
Até o próprio mar t’incita a combater!
Nun’Alvares arranca a espada de glória
E diz-te em voz serena: «Em busca da vitória
Meu belo Portugal, combate até morrer!»
E diz-te em voz serena: «Em busca da vitória
Meu belo Portugal, combate até morrer!»
Trocando
olhares - 20/06/1916
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