sábado, 25 de agosto de 2012

BIOGRAFIA = Machado de Assis



Machado de Assis (1839-1908) foi um escritor brasileiro. Um dos nomes mais importantes da nossa literatura. Primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras. Aos 16 anos publicou seu primeiro poema, "Ela". Trabalhou na Imprensa Nacional como aprendiz de tipógrafo. Autodidata trabalhou como revisor numa editora, entrando em contato com vários intelectuais. Passou a escrever para jornais e revistas do Rio de janeiro. Iniciou sua carreira de funcionário público, trabalhou no Diário Oficial, no Ministério da Agricultura e no Ministério da Viação. Amparado pela carreira burocrática entregou-se à vocação literária. Foi um autor completo. Escreveu romances, contos, poesias, peças de teatro, inúmeras críticas, crônicas e correspondências.

Machado de Assis (1839-1908) nasceu no dia 21 de junho, numa chácara no morro do Livramento no Rio de Janeiro. Filho de José Francisco Machado de Assis, um mulato, pintor de paredes. Sua mãe Leopoldina Machado de Assis era lavadeira, de origem portuguesa da Ilha dos Açores. Perdeu a mãe ainda pequeno e o pai casa-se pela segunda vez. Para ajudar nas despesas da casa trabalhou vendendo doces. Frequentou por pouco tempo uma escola pública.

Logo cedo mostrou seus pendores intelectuais, aprendeu francês com uma amiga. Em 1851 morre seu pai. Em 1855 frequentava a tipografia e livraria de Francisco de Paula Brito, onde se publicava a revista Marmota Fluminense, em cujo número de 21 de janeiro sai seu poema "Ela". Em 1856 entra na Tipografia Nacional, como aprendiz de tipógrafo, onde conhece o escritor Manuel Antônio de Almeida, de quem se torna amigo. Aí permaneceu até 1858.

Machado de Assis retorna, em 1858 para a livraria de Francisco de Paula Brito, onde se torna revisor. Sem abandonar a atividade literária, passa a frequentar o mundo boêmio dos intelectuais do Rio de Janeiro. Logo passa a colaborar para vários jornais e revista, entre eles Revista Ilustrada, Gazeta de Notícias, e o Jornal do Comércio. Em 1864 publica seu primeiro livro de poemas "Crisálidas".

Em 1867 inicia sua carreira de funcionário público. Por indicação do jornalista e político Quintino Bocaiuva, torna-se redator do Diário Oficial, onde logo foi promovido a assistente de diretor. Em 1869 casa-se com Carolina Augusta Xavier de Novais, que o estimulou na carreira literária. Em 1872 publica seu primeiro romance "Ressurreição". Em 1881 publica o romance "Memórias póstumas de Brás Cubas", que marca a fase realista de sua obra.

Machado de Assis teve uma carreira meteórica, como funcionário público. Em 1873 foi nomeado primeiro oficial da Secretaria de Estado do Ministério da Agricultura. Em 1880 já era oficial de gabinete. Em 1888 foi nomeado Oficial da Ordem da Rosa, por decreto imperial, pelos serviços prestados ao Estado. Em 1892 assume a direção Geral do Ministério da Viação.

Machado de Assis foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, em 1896. Aclamado presidente , por unanimidade, logo na primeira reunião, permaneceu no cargo até 1908. Ocupou a cadeira de número 23, cujo patrono anterior era José de Alencar. Em sua homenagem, a academia é também chamada de "Casa de Machado de Assis".

Em outubro de 1904 morreu sua companheira por 35 anos, Carolina Augusta Xavier Novais, que além de revisora de suas obras era também sua enfermeira pois Machado de Assis tinha sua saúde abalada pela epilepsia. Após sua morte o romancista raramente saía de casa. Em sua homenagem dedicou um de seus mais famosos poemas "A Carolina".

Machado de Assis morreu no dia 29 de setembro de 1908. Foi enterrado no cemitério de São João Batista, na mesma cidade onde nasceu e viveu toda sua vida. Representando a Academia Brasileira de Letras, o jurista Rui Barbosa fez um discurso em homenagem ao escritor.



PRINCIPAIS OBRAS:

Poesias: Crisálidas (1864), Falenas (1870), Poesias Completas (1901). Contos: Contos Fluminenses (1870), Histórias da Meia-Noite (1873), Papéis Avulsos (1882), Histórias sem Data (1884), Várias Histórias (1896). Romance: Ressurreição (1872), A Mão e a Luva (1874), Helena (1876), Iaiá Garcia (1878), Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), Quincas Borba (1891), Dom Casmurro (1899), Esaú e Jacó (1904), Memorial de Aires (1908). Teatro: Desencantos (1861), Quase Ministro (1864), Os Deuses de Casaca (1866), Tu, Só, Tu, Puro Amor (1881), Queda que as Mulheres Têm para os Tolos (1861), Páginas Recolhidas (1899), Relíquias da Casa Velha (1906).



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