LIMA BARRETO
Lima Barreto (1881-1922) foi
escritor e jornalista brasileiro. Filho de pais pobres e mestiços sofreu esse
preconceito em toda sua vida. Logo cedo ficou órfão de mãe. Estudou no Colégio
Pedro II e ingressou na Escola Politécnica, no curso de Engenharia. Seu pai
enlouquece e é internado, obrigando Lima Barreto a abandonar o curso de
Engenharia. Para sustentar a família, empregou-se na Secretaria de Guerra e ao
mesmo tempo, escrevia para vários jornais do Rio de Janeiro. Ao produzir uma
literatura inteiramente desvinculada dos padrões e do gosto vigente, recebe
severas críticas dos letrados tradicionais. Explora em suas obras, as
injustiças sociais e as dificuldades das primeiras décadas da República. Com
seu espírito inquieto e rebelde, Lima Barreto entrega-se ao álcool.
Afonso Henrique de Lima
Barreto (1881-1922) nasceu no Rio de Janeiro no dia 13 de maio. Filho de
Joaquim Henriques de Lima Barreto e Amália Augusta, ambos mestiços e pobres.
Sofreu preconceito a vida toda. Seu pai era tipógrafo e sua mãe professora
primária. Logo cedo ficou órfão de mãe.
Lima Barreto estudou no Liceu
Popular Niteroiense e concluiu o curso secundário no Colégio Pedro II, local
onde estudava a elite litrária da época. Sempre com a ajuda de seu padrinho, o
Visconde de Ouro Preto, ingressou na Escola Politécnica do Rio de Janeiro, onde
iniciou o curso de Engenharia. Em 1904 foi obrigado a abandonar o curso, pois,
seu pai havia enlouquecido e o sustento dos três irmãos agora era
responsabilidade dele.
Em 1904 consegue emprego de
escrevente copista na Secretaria de Guerra, ao mesmo tempo que colabora com
quase todos os jornais do Rio de Janeiro. Ainda estudante já colaborava para a
Revista da Época e para a Quinzena Alegre. Em 1905 passa a escrever no Correio
da Manhã, jornal de grande prestígio.
Em 1909 Lima Barreto publica o
romance "Recordações do escrivão Isaías Caminha". O texto acompanha a
trajetória de um jovem mulato, que vindo do interior sofre sérios preconceitos
raciais. Em 1915 escreve "Triste fim de Policarpo Quaresma", e em
1919 escreve "Vida e morte de M.J.Gonzaga de Sá". Esses três romances
apresentam nítidos traços autobiográficos.
Com uma linguagem descuidada,
suas obras são impregnadas da justa preocupação com os fatos históricos e com
os costumes sociais. Lima Barreto torna-se uma espécie de cronista e um
caricaturista se vingando da hostilidade dos escritores e do público burguês.
Poucos aceitam aqueles contos e romances que revelavam a vida cotidiana das
classes populares, sem qualquer idealização.
A obra prima de Lima Barreto,
não perturbada pela caricatura, foi "Triste fim de Policarpo
Quaresma". Nela o autor conta o drama de um velho aposentado, O Policarpo,
em sua luta pela salvação do Brasil.
Lima Barreto com seu espírito
inquieto e rebelde, seu inconformismo com a mediocridade reinante, se entrega
ao álcool. Suas constantes depressões o levam duas vezes para o hospital. Em 01
de novembro de 1922 morre de um ataque cardíaco.
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