sábado, 11 de maio de 2013

O MÁXIMO DE MAX NUNES





-- Era tão azarado que, se quisesse achar uma agulha no
palheiro, era só sentar-se nele.

 
-- A prova de que o balé dá sono na platéia é que os
artistas entram sempre na ponta dos pés.

 
-- Não é que as moças de hoje sejam mais bonitas. É
que as de ontem já deixaram de ser.

-- O casamento é como a pessoa que quer tomar um
copo de leite e compra uma vaca.

 
-- O casamento é o único jogo que acaba mal sem
que ninguém ponha a culpa no juiz.

 
-- Os homens casados se dividem em três categorias: os
polígamos, os bígamos e os chateados.
 

-- Com as ruas esburacadas desse jeito, é preciso ser
muito virtuoso para não dar um mau passo.
 

-- O difícil de confundir alhos com bugalhos é que
ninguém sabe o que são bugalhos.
 

-- Democracia é aquele regime pelo qual qualquer cidadão pode ser
presidente da República, menos eu e você, naturalmente.
 

-- Duplicata é uma coisa que sempre vence. Nunca empata.

 
-- Houve um tempo no Brasil em que ninguém tinha dinheiro. É hoje.
 

-- Há casais que se detestam tanto que não se separam
só pra um não dar esse prazer ao outro.
 

-- O eleitor, obrigatoriamente, tem que ser qualificado. O candidato, não.
 

-- Algumas mulheres são tão feias que deviam processar
a natureza por perdas e danos.
 

-- Já foi o tempo em que a união fazia a força. Hoje a União
cobra os impostos e quem faz a força é você.

 
-- A prova de que tudo subiu de preço é que até uma coroa já é cara.
 

-- Uma camisa nova tem sempre um alfinete além daqueles que você já tirou.
 

-- Opinião é uma coisa que a gente dá e, às vezes, apanha.

 

  
MAX NUNES
RIO DE JANEIRO-RJ, 1922

 

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