sábado, 27 de setembro de 2014

VÍDEO = Tomaso Albioni


PENSAMENTOS




SACCO & VANZETTI



UM ERRO IRREPARÁVEL

No dia 23 de agosto de 1927, nos Estados Unidos, Sacco e Vanzetti  foram executados na cadeira elétrica, por um crime que não cometeram. Nos autos do processo, nenhuma prova da autoria do crime. Sete anos, foi o tempo que a justiça levou para condená-los, a contar do recebimento da denúncia do promotor de justiça pelo juiz. Nesse lapso de tempo, protestos da comunidade intelectual norte-americana se sucediam, inconformada com a sentença condenatória dos dois humildes italianos. Milhares pedidos de clemência foram encaminhados por eles, aos quais se somaram tantos outros pedidos do mundo inteiro. Mas, tudo foi inútil. A sentença condenatória teria de ser cumprida para servir de exemplo ao povo, para que se distanciasse do anarquismo e do comunismo.
Depois que foi publicada a sentença condenatória de Sacco e Vanzetti, que culminou com a morte de ambos na cadeira elétrica, o sonho americano de uma sociedade justa e igualitária encontrava-se por terra. Aí, começaria o desencanto de parte do povo sensível à justa aplicação da justiça e do tratamento igualitário de seus cidadãos.
Um reconhecido nome da literatura estadunidense, Katherine Anne Porter (1890-1980), autora de “A nau dos insensatos”, livro que se tornou best-seller, entre outras obras, e que também foi publicado no Brasil, fez parte de comitês de protestos, e escreveu The never ending wrong, que aqui recebeu o título de Sacco e Vanzetti: um erro irreparável, traduzido por Sebastião Uchoa Leite (Rio de Janeiro: Salamandra, 1978).
Katherine Anne Porter inicia assim o seu livro: “Durante alguns anos, no início da década de 1920, quando eu vivia parte do meu tempo no México, cada vez que voltava a New York eu retomava o fio da estranha história dos imigrantes italianos Nicola Sacco, um sapateiro, e Bartolomeo Vanzetti, um peixeiro, acusados de um assalto brutal a um caminhão de pagamentos, incluindo homicídio, em South Braintree, Massachuseetts, no começo da tarde do dia 15 de abril de 1920”.
O sofrimento desses dois italianos, que também eram vistos como anarquistas, começou no ano de 1921, quando, após a condenação de ambos nesse mesmo ano, foram levados para a cela da morte, de onde entravam e saiam, quando havia suspensão da pena, até o dia fatal, como conta Katherine Anne Porter, no seu livro: “Foram levados para a morte na cadeira elétrica na prisão de Charleston à meia-noite do dia 23 de agosto de 1927. Uma meia-noite desolada e sombria, uma noite para a perpétua recordação e luto. Eu era uma das muitas centenas de pessoas que permaneceram em ansiosa vigília, observando a luz na torre da prisão, que nos tinham dito que se apagaria no momento da morte. Foi um momento de estranho e profundo abalo”.
E aí termina a triste história de Bartolomeo Vanzetti, que nasceu em Piemonte, Itália, em 1888, e de Nicola Sacco, que nasceu na província de Foggia, no sul da Itália, em 1891. Vanzetti morreu com 39 anos de idade, e Sacco com 36 anos.
E, para quem se interessar assistir ao excelente filme: Saco e Vanzetti, filmado na Itália, em 1971, e dirigido por Giuliano Montaldo, com interpretação de Gian Maria Volunté e Ricardo Cucciolla nos papéis-título; estes, ganharam o prêmio de melhor interpretação no Festival de Cannes. A canção título é interpretada por Joan Baez. O filme esteve proibido no Brasil, por vários anos, pela censura da Ditadura Militar.
O caso SACCO & VANZETTI, é uma pequena amostra dos estragos que se faz as vidas humanas, quando a sociedade se cala e com o seu silêncio referenda a pena capital... Colocar nas mãos do Estado, seja ele de direita, centro ou esquerda, um instrumento tão poderoso como a pena de morte, é um contra censo perigoso, pois provavelmente poderá vir a silenciar as vozes dos que clamam por liberdade, terra, paz, saúde, educação, etc. Mesmo que este silêncio seja por um curto espaço de tempo, é um grande estrago na construção de uma via revolucionária. Utilizando-se do rótulo de defensores perpétuos da liberdade, da lei e da razão (meros fetiches para os burgueses capitalistas!!) para tentar calar a voz de protesto de um movimento político, no qual SACCO & VANZETTI eram membros ativos na conscientização dos explorados e oprimidos. E o único crime que cometeram foi tomarem para si: a bandeira da liberdade: O ANARQUISMO.

GRANDES PINTORES

 ANITA MALFATTI = São Paulo-SP, 1889-1964
 ANITA MALFATTI
 ANITA MALFATTI
 ANITA MALFATTI
 ANITA MALFATTI
 ANITA MALFATTI
 ANITA MALFATTI
 ANITA MALFATTI
ANITA MALFATTI
 ANITA MALFATTI
 ANITA MALFATTI
ANITA MALFATTI = São Paulo-SP, 1889-1964

VÍDEO = Charles Gounod


CRÔNICA = Barão de Itararé




Conselho Médico
(Como Devemos Tomar Nossos Remédios)



Quando estamos doentes, afinal não temos outro remédio senão tomar remédio.
O remédio, aliás, sempre faz bem. Ou faz bem ao doente que o toma com muita fé; ou ao droguista que o fabrica com muito carinho; ou ao comerciante que o vende com um pequeno lucro de 300 por cento.
Mas apesar do bem que fazem, devemos convir que há remédios verdadeiramente repugnantes, que provocam engulhos e violentas reações de repulsa do estômago.
Como devemos tomar esses remédios repugnantes? Aí está o problema que procuraremos resolver para orientar os nossos dignos e anêmicos leitores.
O melhor meio de vencer as náuseas, quando temos que ingerir um remédio repelente, consiste em recorrer à lógica dos rodeios, adotando os métodos indiretos, até chegar à auto-sugestão, transformando assim o remédio repugnante numa coisa que seja agradável ao paladar. Numa palavra, devemos tomar o remédio com cerveja, por exemplo.
Como devemos proceder para chegarmos a esse magnífico resultado?
É indispensável comprar, antes do remédio, uma garrafa de cerveja. Depois, é necessário bebê-la devagar, saboreando-a, para sentir-lhe bem o gosto. Liquidada a primeira garrafa, pedimos outra cerveja. Esta   vamos tomá-la de outra forma, também devagar, mas com a idéia posta no remédio, cuja lembrança naturalmente nos provocará asco. Para voltarmos ao normal, encomendamos uma terceira garrafa, com a qual, lembrando-nos sempre do remédio, iremos dominando e vencendo a repugnância. Na altura da quinta ou undécima garrafa, nós já estaremos convencidos de que o gosto do remédio deve ser muito semelhante ao da cerveja e, assim, já poderíamos beber calmamente o remédio como cerveja. Mas, como não temos o remédio no momento e já não temos muita força nas pernas para ir à farmácia, então continuamos a beber a infusão de lúpulo e cevada, até chegarmos a esta notável conclusão: se é possível chegar a se tomar um remédio tão repugnante como cerveja, muito mais lógico será que passemos a tomar cerveja como remédio, porque a ordem dos fatores não altera o produto, quando está convenientemente engarrafado.


 
Texto extraído do livro "Máximas e Mínimas do Barão de Itararé", Editora Record - Rio de Janeiro, 1986, pág. 33, uma coletânea organizada por Afonso Félix de Sousa.





BARÃO DE ITARARÉ
RIO GRANDE-RS, 1895-1971

POESIA-IMAGEM = Diversas




HUMOR (Clique nas Imagens para Aumentá-las)

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

VÍDEO = Francis Goya


GRANDES PINTORES

 ALFRED GOCKEL = Alemanha, 1952
 ALFRED GOCKEL
 ALFRED GOCKEL
 ALFRED GOCKEL
 ALFRED GOCKEL
 ALFRED GOCKEL
 ALFRED GCKEL
ALFRED GOCKEL
 ALFRED GOCKEL = Alemanha, 1952

HUMOR




Certa noite uma mulher não voltou para casa.
No dia seguinte, ela disse ao marido que tinha dormido na casa de uma amiga. O homem telefonou para 10 melhores amigas da mulher. Nenhuma sabia de nada.

Certa noite um homem não voltou para casa.
No dia seguinte, ele disse à esposa que tinha dormido na casa de um amigo. A mulher telefonou para 10 melhores amigos do marido. Oito deles confirmaram que ele tinha passado à noite na casa deles e dois disseram que ele ainda estava lá!